Crianças: os alimentos proibidos

A saúde das crianças pode estar em risco quando abusam de certos tipos de comida.

Já diz o povo, e bem, que “de pequenino é que se torce o pepino”. De facto, é na infância que os hábitos vão sendo moldados e perpetuados para a vida adulta. Se, desde crianças, nos forem incutidas rotinas alimentares saudáveis, estas continuarão a ser incorporadas na nossa vida adulta. Uma dieta equilibrada, rica em nutrientes potencia o correto desenvolvimento físico, cognitivo e emocional das crianças.

Os padrões alimentares dos mais pequenos são estabelecidos até aos quatro anos e os alimentos que se habituam a comer até essa idade definirão o seu comportamento nutricional no futuro, daí o papel fundamental da educação.

Existem alimentos prejudiciais que devem ser consumidos apenas a título excecional mas que se podem tornar difíceis de controlar numa idade em que o apetite voraz por guloseimas é uma regra.

Mas estes produtos devem ser facultados à crianças (apenas) em ocasiões muito especiais; se lhes forem completamente proibidos fará com que se tornem ainda mais apetecíveis.

Uma alimentação rica em vegetais, fruta, cereais integrais, carne e peixe deve ser a base da dieta de qualquer um de nós mas no caso das crianças o cuidado com a ingestão de alguns alimentos deve ser especialmente redobrado. A título de exemplo, todos os alimentos devem ser bem cozinhados, sobretudo as carnes.

As salsichas, tão populares entre os mais pequenos, devem ser evitadas a todo o custo por serem feitas de restos de carnes e conterem muita gordura – recentemente, aliás, a Organização Mundial de Saúde conferiu a este tipo de alimentos processados o estatuto de potencialmente cancerígenos, ou seja, mais um motivo para os evitar.

Os doces são outro problema com que é preciso saber lidar: os rebuçados e chupa-chupas são fontes de açúcar puro, não possuem qualquer valor nutricional e são os principais causadores das cáries dentárias. Bolachas ou bolos com recheio ou cobertura devem ser facultadas com conta, peso e medida devido à enorme quantidade de açucares e gorduras saturadas que encerram.

A comida instantânea, muito mais rápida de preparar, mas com níveis elevadíssimos de sódio, deve ser praticamente banida da alimentação das crianças, usada apenas em casos excecionais.

Os refrigerantes, bebidas habitualmente preferidas pela pequenada, além de conterem grandes quantidades de açucar, têm também sódio e gorduras em excesso, pelo que a sua ingestão recorrente representa um perigo para a saúde dos mesmos.

As oleaginosas, apesar de serem nutrientes excelentes, devem ser evitadas até aos quatro anos de idade. Além do facto de conterem um fungo que pode causar danos ao fígado, existe o risco de engasgamento ou de surgimento de alergias o que torna o seu consumo desaconselhado a crianças pequenas.

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