Qual a medida certa de mimos?

A forma como tratamos os nossos filhos é essencial no desenvolvimento da sua personalidade, por isso é importantíssimo saber dosear os mimos que se dão aos mais miúdos.

Há mães que têm dúvidas quando chega a hora de corresponder às exigências dos filhos. Devemos ou não dar mimos em abundância? Será que existe tal coisa como mimos demais?

Para já, há que diferenciar afeto de mimo. O afeto demonstrado às crianças nunca é demais. Elas precisam de senti-lo em doses grandes para se sentirem seguras e conseguirem estruturar a sua personalidade. Está provado que crianças que recebem muito afeto das mães enquanto pequenas dão lugar a adultos mais equilibrados e menos propensos a problemas psicológicos. O limite entre afeto e mimo é difícil de estabelecer e pôr em prática, mas lembre-se que em casa são os pais quem deve mandar, e não a criança. Quando esta realidade ocorre, então é certo que está a ser muito permissivo com o seu filho.

Os laços que os pais forem capazes de estabelecer com os seus filhos são o fundamento para o desenvolvimento da personalidade destes e os comportamentos de afeto, sobretudo físico, quer seja por meio de beijos, abraços ou colo devem ser constantes e diários na vida das crianças. A demonstração de afeto por parte dos pais é a característica mais determinante no bem-estar da criança.

Deve sempre elogiar os seus filhos quando uma tarefa (da mais insignificante à mais difícil) for bem feita e optar por um discurso positivo em vez de um discurso crítico. Se a cumprimentar pelos atos que realizou, a confiança da criança sairá reforçada e a sua auto-estima aumentada.

Este facto não significa, porém, que as crianças não sejam chamadas à atenção ou repreendidas quando se portam mal. Carinhos e meiguices nunca são demais, o “mimo” a mais não estraga as crianças, mas a falta de disciplina sim. Uma criança que não seja repreendida ou punida quando ultrapassa os limites, além de ficar confusa pela ausência de regras incorre no risco de achar que é ela que manda em casa. A repreensão é importante na medida em que estabelece limites para comportamentos menos correctos por parte da criança, mas há que fazê-lo com conta peso e medida e ainda assim tentar que a quantidade de elogios seja superior às críticas. Quando repreender o seu filho tente manter-se calmo, sem gritar, de forma a não originar comportamentos semelhantes na criança.

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